As duas Alemanhas festejam o fim do muro da vergonha. Soldados da Alemanha oriental começaram a derrubar uma parte do muro de Berlim, um dia após a abertura de todas as fronteiras do país. E o Partido Comunista propõe reformas que incluem eleições livres, mudanças na economia e a investigação das atividades da polícia política.
28 anos de separação forçada e sofrida acabaram de repente por decreto do mesmo partido que edificou tudo isso. Berlinenses dos dois lados mal podiam acreditar, mas comemoraram. Longas filas de carro e gente logo se formaram nos pontos de travessia, e cumpriam a única exigência burocrática para a saída - um carimbo da polícia - conseguido sem maiores dificuldades. Muitos não conseguiam segurar a emoção ao ver as portas abertas ao livre tráfego entre o território das duas Alemanhas.
Construído na madrugada de 13 de agosto de 1961, O muro de Berlim se tornou o monumento mais odiado do mundo. Dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
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